sexta-feira, 14 de março de 2008

FAVAIOS

País africano na Europa por engano
Depois de ouvir as comunicações entre o INEM e duas corporações de bombeiros, fiquei sem saber muito bem o que pensar. Estamos convencidos de que o nosso problema – o problema português – é de organização ou político, mas o caso não é assim tão simples. Temos um problema grande, maior talvez, com as próprias pessoas. Um problema de cultura. Aquele bombeiro de Favaios não tem explicação. Aquele rapaz não existe. As respostas que deu e a falta de capacidade para dar solução a um problema, como quem está resignado a ser estúpido a vida toda, foram de bradar aos céus (como, de resto, a operadora do INEM teve oportunidade bradar). Será que um bombeiro jovem, com a responsabilidade do turno da noite, não sabe pegar na ambulância, acordar um amigo qualquer e correr em socorro do homem que se tinha espalhado das escadas? Isto é exigir muito de um profissional que, pelas suas competências, devia ter gosto em salvar vidas? Não, o nosso problema não é de organização. Não é o encerramento ou a inauguração de serviços de saúde. O problema são as pessoas. Que ninguém se levante da cama no dia em que este bombeiro der de caras com um degrau!
Publicado por JCS às 11:20

1 comentário:

Unknown disse...

A vila de Alijó e o seu concelho, nos últimos tempos, têm sido notícia de abertura dos telejornais nacionais, infelizmente pelas piores razões. Assim foi com o surto de tuberculose que assolou os alunos da escola EB 2,3 D. Sancho II, seguidamente ordenou-se o encerramento nocturno do SAP e, a mais recente, a publicitação da chamada telefónica entre a profissional do INEM e dois elementos das corporações dos Bombeiros Voluntários de Favaios e de Alijó.
Os soltados da Paz, tal como outros funcionários, certamente cometerão erros, ainda assim, pela apreciação global da referida chamada telefónica, estamos certos não ter sido este o caso. Tiveram falhas, mas não foram a origem delas! É um facto que por serem voluntários e exercerem uma profissão nobre não deverão ser amadores, mas o profissionalismo depende dos meios que o poder político coloca e emprega na sua educação e formação!
Em Alijó, pelo que se verifica, o poder político local raramente se lembra destes homens e mulheres! Examinemos o Quartel dos Bombeiros de Alijó que se encontra completamente degradado, obsoleto e indigno e obteremos a resposta para muitas outras questões (foi prometido, pelo vice-presidente da autarquia, um quartel novo à 4 anos)!
Além do sofredor mortal, os bombeiros voluntários são outras vítimas do actual sistema político-partidário que inflamou a mais inadequada e penetrante revolução no sistema nacional de saúde!.. Há que exprimi-lo com total frontalidade e sem receios!
Sem esquecermos a (i) responsabilidade do ex-Ministro da Saúde e do Primeiro-ministro, penso que o maior culpável por este nível de deterioração que atingiu o sistema de saúde naquele concelho é o actual presidente da Câmara de Alijó, Dr. Cascarejo (político profissional), que na essência, vira as costas a estas estruturas de símbolo social! Além da projecção pessoal, apenas se preocupa com as associações, instituições e corporações aquando das eleições e na colocação de pessoas da sua confiança partidária nos respectivos cargos de direcção!
No mínimo é estranho o facto de não figurar nas televisões para socorrer as corporações de bombeiros voluntários, para combater o encerramento nocturno do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e para denunciar a exclusão e discriminação que esta terra tem sido alvo da governação socialista. Quando a preocupação maior é ascender na vida através do poder, a qualquer o custo, esquecem-se os munícipes e as suas necessidades básicas! Este presidente de câmara é um “pau mandado” do governo e actua na esperança de um dia ser promovido dentro do partido e, o povo abandonado é quem realmente paga caro pelas suas fantasias excêntricas!
De uma vez por todas, é urgente acudir o concelho de Alijó e os seus concidadãos em toda a sua plenitude! Será essa a verdadeira causa dos políticos honrados! Se este assim fosse, seguramente ter-se-ia demitido assim que vieram ao conhecimento público tais circunstâncias!
Os bombeiros estão a ser sacrificados pelo poder central e local, ainda que, em minha opinião, o que mais sobressai de toda aquela palhaçada é a arrogância da técnica (profissional) do INEM e o alçapão em que sobrevivem os pacientes que pagam cada vez mais impostos, taxas e contribuições para terem direitos basilares e se vêem obrigados a sobreviver cada vez mais privados deles!..
Pelo menos, esta situação permitiu o conhecimento público de um incidente que estava aos olhos de todos mas continuava camuflado pela astúcia governamental central e local!
Certamente, além do debate público e político, resultará a procura de soluções para a melhoria dos serviços!
As sociedades não são formadas por números mas sim por pessoas, sejam elas muitas ou poucas merecem viver e morrer com inteira dignidade...