quinta-feira, 10 de maio de 2007

Um segundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte

Um segundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. É com esta certeza que os condutores do INEM saem todos os dias para a rua. Mas os portugueses ainda não sabem como facilitar a passagem aos veículos de socorro, obrigando-os a perder tempo precioso. Aqui ficam alguns conselhos a reter:

Dar passagem
Um segundo a mais pode ser fatal para as vítimas." Se há uma certeza que os médicos e condutores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não conseguem tirar da cabeça, todos os dias, quando saem da central para as suas missões de emergência, será, certamente, esta...
Mas, apesar dos tempos que demoram a chegar ao local do acidente rondarem uma média de sete minutos - embora dependam, como é óbvio, das distâncias, acessos e período do dia -, a verdade é que as ambulâncias perdem bastante mais do que um segundo desnecessariamente no percurso entre a base e o local onde ocorreu o sinistro. E isto porque muitos portugueses ainda não sabem como actuar perante um veículo prioritário assinalando a sua marcha de urgência.
Como conta um Tripulante de Ambulância de Emergência (TAE) do INEM, mal os automobilistas ouvem uma sirene "ficam extremamente ansiosos por não saber o que fazer nestas ocasiões". São precisamente alguns conselhos sobre a melhor maneira de dar passagem a estes veículos aquilo que lhe propomos de seguida.

Encostar de imediato
Mal oiça uma sirene ao longe - isto é válido tanto para as ambulâncias como para carros de bombeiros e de polícia -, um automobilista deverá, desde logo, procurar a melhor maneira de lhe desempedir a via, sem o obrigar a gastar os tão preciosos segundos. Segundo o TAE, "quando em andamento, o condutor deverá olhar para os retrovisores e verificar qual a trajectória que a ambulância está a tomar, facilitando a sua passagem". Já quando o condutor se encontrar parado numa fila única, "deverá sempre dar a via esquerda para a passagem do socorro". E se a fila for dupla, a melhor maneira de ajudar será "fornecer a faixa do meio", conforme sublinha o técnico do INEM.

Faixas reservadas
Um sonho antigo dos responsáveis do INEM era a criação de faixas especiais no interior das cidades, para que as ambulâncias não fossem obrigadas a serpentear o trânsito quando em missão de socorro. Sabe-se que a Câmara Municipal de Lisboa tem em mente o desenvolvimento de um projecto com estas características, embora ainda permaneça envolto em muito mistério - dadas as complicações logísticas que envolve. Talvez por isso o INEM esteja um pouco céptico relativamente a este assunto. "Sim, dessa forma facilitava-se todos os serviços de emergência, mas é utópico falar nesses corredores devido às infra-estruturas existentes", lamenta TAE.

90 mil acções/ano
Para se compreender a importância dos veículos prioritários, situemo-nos em alguns números referentes apenas às missões em que as equipas do INEM participam, em média, por ano, e que obrigam a uma actuação rápida, imediata: perto de 9 mil sinistros de viação, cerca de mil acidentes de trabalho; 10 mil doenças crónicas agudizadas, 40 mil súbitas, 10 mil quedas e 1700 partos, totalizando aproximadamente 87 mil intervenções.

Fonte: Automotor
Nota: Algum texto foi modificado assim como as fotos.

Sem comentários: